A Primavera está a chegar...

Daisypath Anniversary tickers

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Sobral Molhado

Foi no Domingo que aceitámos o desafio da JFS.Quintino para uma caminhada em terra de moinhos...

Moinhos dos antigos, que nos olhavam do alto dos montes, cercados de videiras...

E moinhos dos novos, que cada vez mais parecem surgir nestas terras do Oeste...

E que bons ventos os tragam!

Foi um passeio simpático, guiado pelo Sô Presidente da Junta que lá nos ia dizendo por onde ir.

A paisagem rural é agradável, com muitas amoras silvestres e zonas em que nos sentimos embriagados com o aroma de eucalipto.

Subindo e descendo por montes e vales, acompanhando trilhos antigos, alguns que passam junto de riachos, descobrimos como que um portal para outro mundo (longe do bulício da cidade)

Para o final estava prometido um belo churrasquinho, só que S.Pedro estava mortinho por fazer das dele e faltava aí 1km para o final quando começo a ouvir chover atrás de nós... Até que a trovoada acabou por nos alcançar.

Zeus, lá do Olimpo, soltou trovões e largou relâmpagos, fazendo descer litros de chuva sobre os caminhantes... Acho que devia estar aborrecido por não ter sido convidado para a caminhada.

Bem, lá tivemos de comer as febras debaixo de chuvinha e um pouco à pressa... Mas marcharam à mesma!! Mai nada!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Alenquer, bom vinho, boa fruta, boa bifana... quem quer?

Desta vez fomos até Alenquer.

Boa terra, boa onda, boa caminhada, boa gente, boa fruta, bom vinho, boa bifana... Quem quer?

Com Montejunto sempre por perto, iniciámos o passeio por montes e vales de Alenquer...

Passando pelas vinhas, em época de vindimas...

Quando nos viram chegar, os vindimadores ficaram na dúvida... "Estes também vêm ajudar a vindimar, ou só vem pra passear?"

Só a passear, acabámos por ir dar a esta quinta, onde colaborámos com a Universidade Nova num estudo sobre quais as melhorias ambientais que se podem implementar em Alenquer.

A quinta, cujo nome já não me recordo tinha uns recantos simpáticos...

Uma levada de onde brotava água fresquinha

E cavalinhos...

Mas a caminhada continuava... Ainda faltavam uns km para o final...

Pelo meio íamos colhendo o que havia... Maçãs, marmelos, figos, uvas, amoras...

Foi um passeio de "xinxada"!!! Eu só estava a ver quando é que íamos começar a correr pra trás das moitas, com tanta fruta misturada!!! LOL!!!

A caminho de Aldeia Galega, onde a Rainha D. Leonor fazia uma pausa antes de ir a banhos nas Caldas da Rainha, fomos passando por zonas de belos pormenores rurais, como este...

Ou este...

Chegados a Aldeia Galega fomos brindados com este belo pelourinho do séc. XVII

E uma igreja pequenina, recente muito bem restaurada, com este pormenor na entrada.

Toda a Aldeia estava muito bem estimada e arranjada.

Mas sem perder aqueles pormenores antigos, como esta bomba de tirar água...

Os meus parabéns à CMAlenquer pela forma como organizou este passeio, com uma boa onda permanente, boa gente e excelente caminhada.

Venham outras assim!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Abertura das Galerias Romanas da Rua da Prata – dias 26 a 28

Ah, pois é!...

Abrem já no último fds de Setembro as Galerias Romanas que se situam por baixo da Baixa (esta redundância foi bonita!... ou não!)

Quem ainda não foi, deve ir. Mas vão cedinho, bem cedinho, porque as filas costumam ser bem grandes e dar a volta até à Rua da Conceição...

Nós estivemos lá há 2 anos e foi engraçado,

Muito diferente do que eu imaginava, com mais lama e menos arte do que eu estava à espera, mas ainda assim, interessante.

Uma dica: levem sapatos impermeáveis e um casaco que depois possam tirar, porque o espaço é estreito e têm muitas zonas onde vão ter que se agachar para caber...

É só 1 vez por ano que estas galerias abrem ao público, pelo que acho que vale a pena visitar algo antigo que fica bem por baixo dos passos de quem lá passa...

Ainda pra mais as visitas são guiadas e à borliú, que é assim como quem diz, de graça, grátis!!

Para mais informações, espreitem aqui http://www.cm-lisboa.pt/?id_item=17433&id_categoria=12

Sabiam que...

Enviaram-me esta informação num e-mail e achei muito interessante...

Cliquem nas imagens para conseguirem ler o texto.

Pura coincidência? Ou não...

Que vos parece?

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Grãozada de abóbora

Sou uma fãzoca de abóbora e estamos a entrar no tempo delas.

Por isso cá fica mais uma receitinha com este vegetal de linda cor.

Ingredientes:

  • Azeite para cobrir o fundo ao tacho
  • 2 Folhas de louro
  • 1 Cebola grande
  • 1 Alho francês
  • 1/2 Abóbora menina anã
  • 1/2 Couve coração de boi
  • 1 frasco de grão de bico cozido
  • 2 Cubos de caldo de legumes
  • Sal, Pimenta de Caiena, Alecrim, Coentros em pó, q.b.

Preparação:

  1. Colcocar o azeite no tacho, junto com as folhas de louro e aquecer
  2. Picar grosseiramente a cebola e adicionar, mantendo o tacho tapado
  3. Cortar o alho francês em rodelas finas e adicionar, mantendo o tacho tapado
  4. Cortar a abóbora em cubos de aproximadamente 1cm e adicionar, mantendo o tacho tapado
  5. Cortar a couve em pedaços 2x1cm, aproximadamente e adicionar, mantendo o tacho tapado
  6. Adicionar o frasco do grão, com o molho, mexer e manter o tacho tapado
  7. Adicionar os temperos e manter em lume médio, sempre com o tacho tapado; desta maneira os vegetais vão cozendo lentamente libertando os seus líquidos e enriquecendo o sabor do guisado
  8. Quando os vegetais estiverem todos cozidos, apagar o lume e servir, por exemplo com salada e hamburgueres, ou só simples com salada

É bão! E mai nada!!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Montejunto aqui tão perto...

Estivemos na Serra de Montejunto, dantes conhecida pela Serra da Neve... outros tempos, em que se fundou a Real Fábrica do Gelo, para arrefecer os ânimos de El-Rei e sua Corte!

A água era acumulada nuns tanques e durante a noite, com as temperaturas gélidas da serra, congelava. Era nessa altura, à noite que se dava a dura azáfama de cortar o gelo em blocos e depositá-los em poços, de onde mais tarde eram recolhidos, embrulhados em palha e sarapilheira e carregados no dorso dos burricos que lá vinham de lombo bem fresquinho descendo a serra; daí partiam em carros de bois até ao porto do Carregado, de onde seguiam a toda a brida e por ordem real até Lisboa, onde se derretiam em reais sabores.

Estivemos bem pertinho do cume de Montejunto, aos 666mt (belo nº!) de altitude, de onde se pode espreitar toda a Estremadura em redor. "Num dia de boa visibilidade até se avistam as Berlengas...", diz a guia. A visibilidade não era má, mas havia um pouco de bruma no horizonte, pelo que teremos de voltar a Montejunto para termos essas vistas...

E ficámos com vontade de voltar.

Sim, eu sei... Digo sempre isto... Mas o que querem? É verdade!

O local é bonito, o dia estava solarengo e óptimo para palmilhar terreno, o brotar dos primeiros crocos (umas florzinhas rosadas, rasteiras, tipo bolbos, que aparecem no final do Verão e do Inverno) os aromas de pinheiro, intercalados de alecrim, pontuados aqui e ali de tomilho e menta... Dá vontade de regressar, pois claro!!

Mas nem tudo foram rosas... Não havia cardos, mas alcachofras eram bastantes, agora as sacanas das silvas eram aos milhares! E nem o sabor das frescas e doces amoras apaga os arranhões que as silvas nos infligiram a todos...

E agora vocês perguntam "Atão mas levavam guia... Não andaram por trilhos?"

Andámos, pois... Por trilhos nunca dantes palmilhados era o que parecia!!! Fazendo a ligação entre um trilho e outro pelas silvas e pela cascalheira, entre vegetação que se tinha adensado desde que o trilho tinha sido palmilhado pelos guias...

Mas também se assim não fosse, também a estória não tinha tanta piada...

E esta teve bastante piada!!!

O grande senão foi mesmo a ausência de fornecimento atempado de água pela organização. Em todas as caminhadas que fiz com apoio municipal, tivemos sempre fornecimento de água e barras energéticas a meio! É usual! Mas aqui foi por sorte, que já quase no final na caminhada, ao chegarmos à estrada encontrámos a carrinha da organização e alguém lhe perguntou "Trazes água?" À resposta afirmativa seguiu-se a correria às deliciosas garrafas de água que socorreram os caminhantes sequiosos.

Acho que quase todos já traziamos as reservas abaixo dos mínimos... Sendo uma caminhada paga e realizada por um município, com o apoio de uma entidade bem conhecida nas lides do pé posto ao trilho, esperava uma melhor organização a nível de logística... e mesmo a nível de (re)conhecimento do próprio trilho em si.

Mas contas feitas, o balanço é mais que positivo!

Os arranhões já tão secos, mas as boas recordações perduram!

E mai nada!!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Do Turcifal à Senhora do Socorro

Foi já no Domingo que demos um pulo ao Turcifal, para daí subir à Senhora do Socorro.

Uma manhã belíssima e muito solarenga, com a temperatura perfeita para estas lides da caminhada.

Pé ante pé, lá fomos nós subindo a pouco e pouco e sem termos de pedir socorro, lá avistámos a senhora!

A vista... soberba. Montejunto, Sintra, Mar...

E depois foi só descer... o problema é que o trilho tinha desaparecido por baixo dos troncos de eucalipto que tinham sido derrubados naquela semana!!!

Mas isso não nos impediu... Lá fomos pisando galhos, troncos e folhas, que à nossa passagem largavam o forte aroma "eucaliptar"...

Passámos por várias vinhas, carregadas, carregadinhas, que estamos quase em alturas de vindimas...

Passámos pelo Campo Real, que apesar do verde envolvente, choca visualmente com a restante paisagem campestre da região...

Ora olhamos e temos algumas casas dispersas e cercadas de muito verde, ora aparece aquele vasto aglomerado de casinhas de várias cores que cercam elas o verde mais escuro do campo de golfe... só pra quem pode!

Caminhando mais um pouco lá fomos dar ao destino, de onde partimos, como sempre.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Charneca - Aldeia da Roupa Branca

Começa hoje a Festa de S.Sebastião na Charneca da Venda do Pinheiro.

Mas este ano é diferente.

Este ano, pela comemoração do centésimo aniversário de Beatriz Costa, Charneca engalanou-se, tornou-se mais bonita e mais saloia, transformando-se na Aldeia da Roupa Branca do início do século passado.

Quem quiser e puder apareça e divirta-se.

Mais informações podem ser encontradas em http://jfvendadopinheiro.do.sapo.pt/fssc3.jpg

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Dia 4 em Mondim de Basto

Aproveitámos a solarenga manhã para relaxar na piscina.

Já com um pezinho de retorno a casa, despedimo-nos da paisagem maravilhosa que rodeava o hotel.

E subimos novamente a Senhora da Graça, desta vez de carro, para ver a diferença!

E acreditem, a pé é muito mais divertido.

A estrada serpenteia a toda a volta do monte, parecendo quase um carrocel em espiral ascendente. Mas é por aqui que os carros passam, e os ciclistas também, que a volta a Portugal terminou na semana passada...

Após uns momentos de contemplação, recebemos um telefonema do Fernando, que fez questão de nos mostrar umas escavações arqueológicas que foram recentemente iniciadas.

Acontece que descobriram perto de uma pedreira em Mondim de Basto, totalmente por acaso uma rocha onde aparece representados vários montes, sendo que um deles aparenta nitidamente o Monte Farinha.

Essa rocha já apresenta 2 furos, feitos pelo pessoal da pedreira para implodir a rocha e dela retirar o precioso granito amarelo característico da região.

Foi uma sorte, alguém ter notado que a rocha tinha algo mais do que inicialmente se previa.

Após primeiros estudos, determinou-se que a rocha terá sido esculpida há coisa de 5000 anos. Portanto é mais antiga que as pirâmides e foi feita mais ou menos na altura em que Newgrange foi construído na Irlanda.

O que é mais interessante ainda é que alguns dos desenhos que lá vi são muito semelhantes aos de Newrange. Incluindo as 3 espirais interligadas!

Virá um arqueólogo da Irlanda em Outubro para estudar esta rocha, que por um acaso não foi destruida levando consigo uma representação do Monte Farinha e de alguns montes circundantes.

Foi um privilégio e uma experiência única poder tocá-la e vê-la em primeira mão e temos a agradecer ao Fernando Gomes por isso. Bem-haja!

Visitámos ainda, antes de deixarmos Mondim de Basto, as ruínas do Castroeiro, datado dos séculos I a IV AC.

Também aí vimos desenhos nas rochas, um deles parece uma borboleta... como a da Sr.ª da Graça...

e restos de casas, com contruções semelhantes às das citânias que há em Briteiros e Sanfins.

Tudo isto existe em Mondim.

Eu não sabia. E creio que não era a única ignorante...

Mas agora que sei, vou voltar e recomendo a quem goste de caminhar, de passear, de se cultivar, que vão até esta terra, lá pra trás de uns montes, que não se vão arrepender.