Foi mesmo um trio de flores que me colocaram na unhinha!!
Pedi algo bonito e foi algo bonito que saiu!!
Já conheces o meu Bloguito?... Não?! Atão dá uma espreitadela! Trata das minhas experiências e tem um pouquinho de tudo a que eu encontre algum interesse. Ah! E ainda dá para ver/ ouvir musiquinha boa qu'eu gota!!!
Foi mesmo um trio de flores que me colocaram na unhinha!!
Pedi algo bonito e foi algo bonito que saiu!!
Foi no sábado que saímos de Ponte de Lousa em busca da Ti’Ermelinda…
Num dia muito cinzentão, em que parecia que, a qualquer momento o céu iria desabar sobre estes caminheiros.
Armados de polainas, impermeáveis e chapéus, lá fomos subindo,
E subindo…
E subindo…
E descendo a serra!!!
Saltando pocinhas…
E apreciando as vistas…
Quando por entre a vegetação damos com os cogumelos… Saloios, pois então, que nesta região, outra coisa não podiam ser!!!
Este amanita muscaria ainda bebé tem mesmo aquele aspecto como quem diz “Come-me, mas só 1 vez!!!”
Este já era mais crescido, mas nem por isso mais inofensivo…
E estes, meios escondidos nas folhas, bolotas e pinhas… são a própria imagem do Outono!
Mas não foram só cogumelos que encontrámos…
Pelas expressões está-se mesmo a ver que a árvore tem fruta!!!
Figos?! Ao ataque!!!
Mas eu dou-me mais com as flores…
Rosas, camélias, margaridas e dálias (serão?)…
São todas bonitas e é o que me interessa!!!
Mas afinal estamos aqui para caminhar ou para tirar fotos às flores? Tockandar!!!
A corta-mato, que é o que nós gostamos…
Ou a corta-ribeira!!!
De preferência sem molhar os pezinhos!!!
Mas mais à frente, não resisto e lá tenho de apanhar mais uns cogumelos…
Desta vez amarelos… Lindos… E um branquinho que ali andava no meio da vegetação…
Com um verde destes, até parece que estamos na Irlanda…
Mas não… Continuamos na zona saloia, perto de Ponte de Lousa, na Rota da Ti’Ermelinda!!!
E é altura de subir mais um bocadinho!!!
Tockandar!!!
É para abrir o apetite, que a seguir é hora de almoço!!
Lá perto, encontrámos este cachorrinho de focinho meigo…
Mas era hora de avançar… O verde apelava-nos…
E as flores também…
Toda a paisagem à volta era bonita…
E dava particular gosto caminhar por aqui…
Por entre este verde, sentindo o cheiro do bosque,
Observando as cores de Outono…
Que com o tempo envolvem tudo, como estas trepadeiras…
E assim fomos voltando à civilização…
E depois de passarmos por uma pitoresca casa
Com pormenores que relembram os costumes saloios de outrora,
Lá chegámos ao ponto de início, onde alguns foram ao encontro da Ti’Ermelinda.
E esta joaninha voou e na minha unha aterrou!!!
Vejam lá se não é parecida com esta que apanhei aqui há uns meses…
Dizem que as joaninhas dão sorte e boas novas… Bom, sendo hoje 6ªF, 13, mais vale prevenir!!! Hihihihi!!
Aqui por esta zona fala-se que “em dia de S.Martinho, haja castanhas e muito vinho”!!
Lá por casa, castanhas houve, assadas! E surpresa das surpresas, estavam todas boas!!! Nem uma podre! Docinhas, com bastante erva-doce, estavam uma maravilha… Sobraram estas para a foto e entretanto já se foram!!
Quanto ao vinho, foi doce… Entre a Angelica do Pico, o Moscatel Roxo de Setúbal, ou o Favaios do Norte e a tradicional Jeropiga, lá nos fomos aviando!!
Comemorando uma vez mais o S.Martinho, fui espreitar o que diz a net de tal santo. E descobri o seguinte:
Pelos vistos o Martinho seria um militar romano, nascido na Hungria no séc. IV que, num dia chuvoso e frio, ajudou um mendigo, cortando a sua capa em 2 e oferecendo-lhe metade da sua capa, para este se proteger das intempéries.
Diz a lenda que a partir desse momento o sol abriu e o tempo aqueceu, permitindo ao Martinho fazer o resto da viagem em melhores condições. Ora vem daqui o célebre “Verão de São Martinho”!!
Também diz a lenda, que após um sonho, o Martinho encontrou a capa intacta. Esta capa foi usada posteriormente como espólio de reis, que a chegavam a levar inclusive para as batalhas e sobre a qual eram feitos os juramentos de lealdade.
Depois do episódio da capa, o Martinho fez-se baptizar e posteriormente abandonou o exército, dedicando-se à fé e empreendeu viagem até à cidade francesa de Tours, onde largos anos mais tarde foi nomeado bispo.
Para quem queira saber mais sobre a história de S.Martinho, espreite aqui.
Agora qual a ligação entre o Martinho, o vinho, o magusto e as castanhas??
Procurando mais um pouco descobri que o dia que se festeja – 11-Novembro, terá sido o dia em que o Martinho faleceu. Provavelmente adaptando uma festa pagã em que se celebrava o final das colheitas e a prova do vinho novo.
É que naquela altura o cristianismo era uma religião recentemente adoptada no início do séc. IV pelo Imperador Constantino e estava algo em voga adaptarem-se celebrações ancestrais (pagãs) à nova religião, como forma de melhor converter novos fiéis. Já que o Martinho faleceu numa altura que coincidia com a prova do novo vinho, aproveitou-se a data e o santo!! ;)
Bom, ligação com o vinho fica mais ou menos explicada, mas e as castanhas?
É que nessa altura ainda a batata não tinha sido introduzida na Europa e a castanha era um mantimento básico, logo fará algum sentido festejar a altura em que a castanha começa a brotar dos seus ouriços. Se a isso se juntar a altura em que o vinho está pronto a ser provado, melhor ainda, faz-se uma festa!!
E a questão do Magusto?
Bom, isso de se fazerem grandes fogueiras (magnus ustus = magusto) tem, quanto a mim, uma alusão pagã… Muito provavelmente terá algo a ver com festas dionisianas, em que o pão e o vinho eram celebrados. Contudo estas festas seriam celebradas mais em Dezembro…
Hum… Acho que a minha imaginação já está a ver coisas…
Será da jeropiga?? Hehehe!!
Bom dia, Alegria!!!
Foi assim que começou mais uma caminhada dos Amigos do Trilho!
Arrancámos da Lagoa Azul em Sintra com uma missão:
Avançámos pelo meio dos trilhos fabulosos da Serra de Sintra.
Descendo e subindo por entre os cogumelos…
Apanhando Medronho…
Caminhando por entre os aromas da serra…
E por densos bosques…
Até chegarmos à estátua do Guerreiro, o guardião do palácio, que lá do alto do seu pedestal nos vigiava a mando de D. Fernando II.
Mais uns passos neste bosque luxuriante e avistámos o cobiçado destino.
Cruz Alta à vista!! E lá ao fundo o Palácio da Pena.
Foi com esta vista espectacular, a 529m de altitude, que merendámos.
Depois seguimos para a Gruta do Monge.
Apenas com uma pequena janela aberta na rocha, por onde entrava uma réstia de luz e de verde, seria neste exíguo espaço que os monges meditariam. Mas a malta está habituada a meditar enquanto anda, por isso, Tockandar!!!
Mais à frente posou-se para a foto de grupo no Banco da Rainha.
Com esta vista soberba sobre o Palácio da Pena, percebe-se porque este local era o predilecto da Rainha D. Amélia, que daí gostava de pintar a paisagem circundante.
Como a percebo!!! Ficava aqui uma tarde inteira só a contemplar esta vista…
Mas tínhamos de continuar…
Voltamos a embrenhar-nos no bosque romântico, mandado plantar por D.Fernando II, pleno de pormenores como esta ponte…
Ou este lago.
Passamos o Vale dos Fetos e chegamos ao Lago do Cisne.
Chamo-lhe assim porque tem lá sempre um belo cisne.
Olhem para esta elegância a nadar…
Mas ainda tínhamos um pedaço para palmilhar…
E por entre cogumelos de estranhas formas,
E belas flores,
Por entre cameleiras de aspecto oriental
E colunas românticas
Deixamos o Parque da Pena rumo à Barragem do Rio da Mula, em cujas margens piquenicámos. Houve mesmo quem aproveitasse para fazer a sesta…
Mas era hora de acordar!!! Tockandar que isto de dormir faz-se à noite, ali para os lados do Vale dos Lençóis e da Serra das Almofadas.
Avançando pelo meio da urze e, mais à frente, pelos eucaliptos a dentro, rapidamente chegámos ao início e ao fim desta caminhada, com a Lagoa Azul à vista…
Foi um passeio muito bonito. Pelas cores, pelos aromas, pela companhia (sempre!!), pelo magnetismo do local, ou simplesmente porque é sempre bom rever o monte da Lua!!
P.S. – Para quem queira saber mais sobre o Parque da Pena encontrei este post na net e também este site que achei muito interessante.